Eu escrevo versos ao meio-dia
e a morte ao sol é uma cabeleira
que passa em fios frescos sobre a minha cara de vivo
Estou vivo e escrevo sol
Se as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no vazio fresco
é porque aboli todas as mentiras
e não sou mais que este momento puro
a coincidência perfeita
no acto de escrever e sol
A vertigem única da verdade em riste
a nulidade de todas as próximas paragens
navego para o cimo
tombo na claridade simples
e os objectos atiram suas faces
e na minha língua o sol trepida
Melhor que beber vinho é mais claro
ser no olhar o próprio olhar
a maraviha é este espaço aberto
a rua
um grito
a grande toalha do silêncio verde
"António Ramos Rosa"
7 comentários:
A primeira foto é, sem dúvida, a melhor que tenho visto, até hoje, da Ponte Vasco da Gama.
Olá Manuela,
Que bem escolhido, este poema do António Ramos Rosa para o começo do mês da Primavera... um beijinho.
quanto gosto do seu olhar!
beijinho
um olhar, sem dúvida Primaveril
Gostei, muito da junçao
beijo
Amiga
Permiso para ingresar, no pude resistir, soy un amante de la fotografía, continuaré ingresando a este lugar, muy hermoso.
Saludos
Juan Carlos
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