quinta-feira, 30 de outubro de 2008



http://ematejoca-ematejoca.blogspot.com/
e
http://pretexto-classico.blogspot.com/

presentearam-me com este prémio.
A ambos um beijinho de reconhecimento.

à Ematejoca que já me presenteou há um mês atràs, aqui fica o meu pedido de desculpas de só agora agradecer.


Informações sobre o Prémio Dardos
“Com o Prémio Dardos reconhecem-se, os valores , que cada blogger emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais... os quais, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo, que está e permanece intacto entre as suas letras, entre os seus pensamentos e logicamente escritos. Estes selos, foram criados com a intenção de promover o salutar convívio entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e, reconhecimento por um trabalho ,que agregue valor à Web. Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:
1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher outros blogs a quem entregar o "Prémio Dardos".


É dificil escolher, mas aqui fica:
http://oitavaedicao.blogspot.com/
http://sombrasdemim.blogspot.com/
http://viverumconto.blogspot.com/
http://aguarelasportuguesas.blogspot.com/
http://questoesirrelevantes.blogspot.com/
http://alfaguara-errante.blogspot.com/
http://vizcayado.blogspot.com/

Escolhi 7, simplesmente porque gosto deste número.
Obrigada a todos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Hora


Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.

"Sophia de Mello Breyner Andresen"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Quero ser tambor


Tambor está velho de gritar
Oh velho Deus dos homens
Deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor só tambor
gritando na noite quente dos trópicos.


Nem flor nascida no mato do desespero
Nem rio correndo para o mar do desespero
Nem zagaia temperada no lume vivo do desespero
Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero.
Nem nada!
Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra
Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra
Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra.

Eu
Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala
Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra
Só tambor perdido na escuridão da noite perdida.


Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!


"José Craveirinha"