terça-feira, 29 de junho de 2010

Bufo Real


É a maior rapina nocturna existente na Europa, podendo atingir os 69 cm de comprimento e os 2-3 Kg de peso.
Ave de aspecto robusto com grandes penachos auriculares de penas e grandes olhos alaranjados.
O voo é silencioso, alternando o bater das asas com o planar, sobretudo em voos baixos de observação.
Alimenta-se essencialmente de roedores e de coelhos.
Nidifica em buracos de rochas ou em ninhos abandonados de outras rapinas.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Coruja das torres



Esta rapina atinge comprimentos da ordem dos 35 cm.
O voo é silencioso batendo larga e suavemente as asas.
Alimenta-se de basicamente de roedores até 200g, pois não consegue transportar pesos superiores.
Nidifica em lugares escuros de edifícios, buracos de rochas ou mesmo cavidades no solo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Gaiola de vidro


Como paredes
através das quais
o mundo vemos pelo ser dos outros
quem vamos conhecendo nos rodeia
multiplicando as faces da gaiola
de que se tece em volta a nossa vida.

No espaço dentro (mas que não depende
do número de faces ou distância entre elas)
nós somos quem somos: só distintos
de cada um dos outros, para quem
apenas somos a face em muitas,
pelo que em nós se torna, além do espaço,
uma visão de espelhos transparentes.

Mas o que nos distingue não existe 



"Jorge de Sena"

sábado, 5 de junho de 2010

Primavera


Eu, dar flor, já não dou. Mas vós, ó flores,
Pois que Maio chegou,
Revesti-o de clâmides de cores!
Que eu, dar, flor, já não dou.

Eu, cantar, já não canto. Mas vós, aves,
Acordai desse azul, calado há tanto,
As infinitas naves!
Que eu, cantar, já não canto.

Eu, invernos e outonos recalcados
Regelaram meu ser neste arrepio...
Aquece tu, ó sol, jardins e prados!
Que eu, é de mim o frio. 


"José Régio" 

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quando as crianças brincam


Quando as crianças brincam
E eu as ouço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar

E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.

Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no meu coração. 


"Fernando Pessoa"