sexta-feira, 14 de março de 2008

Árvores do Alentejo


Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
--- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!


"Florbela Espanca"

5 comentários:

Nómada planetario disse...

Congujaste bien imágenes e ideas.
Saludos.

Anónimo disse...

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Joana Roque Lino disse...

olá manuela,
continuarei a visitar-te. um beijinho.

vieira calado disse...

Florbela, do melhor.
Boa Páscoa.

Carlos Ramos disse...

Imbativel a Florbela. Grande e bela essa flor bela...

Bj.