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Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não
Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
Água pura em fruto agreste
Mas a tua vida não
Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não
"Pedro Homem de Melo"
5 comentários:
Povo que lavas no rio...
Conheci o Pedro, a sua escrita, e a sua forma comunicacional. Muito bom.
Passei agora a conhecer mais uma foto...Única.
Beijo
Preciosas todas estas últimas fotos, Manuela. Y preciosa también la lengua portuguesa de estos poemas.
gosto tanto deste poema e da musica que o acompanha.
beijo
venho deixar-te um mimo. ;) um beijo.
Que bonito, Manuela. Já não vinha cá há uns tempos e foi um bom intervalo numa tarde de trabalho! Gostei de passear por estas imagens e palavras. Até pus a Amália a tocar! Beijinhos.
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