Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo
Então serei o ritmo das paisagens,
E secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens
"Sophia de Mello Breyner Andresen"
3 comentários:
Tajamar sin sirena,
mar brillante sin arena,
y cielo azul sin ninguna pena
(pues las nubes le dan sombra
y pueden llegar a llorar)
Ainda devias pensar em fazer um incursão pela poesia.
Um dia serei eu o mar e a areia... também nós manuela. Bela escolha e excelente fotografia. Um beijinho
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