domingo, 18 de janeiro de 2009

Tentativas para um Regresso à Terra


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O sol ensina o único caminhoa voz da memória irrompe lodosaainda não partimos e já tudo esquecemoscaminhamos envoltos num alvéolo de ouro fosforescenteos corpos diluem-se na delicada pele das pedras
falamos rios deste regresso e pelas margens ressoampassosos poços onde nos debruçamos aproximam-se
perigosamente
da ausência e da sede procuramos os rostos na água
conseguimos não esquecer a fome que nos isoloude oásis em oásis
hojeé o sangue branco das cobras que perpetua o lugaro peso de súbitas cassiopeias nos olhosquando o veludo da noite vem roer a pouco e poucoa planície
caminhamos aindasabemos que deixou de haver tempo para nos olharmosa fuga só é possível dentro dos fragmentados corpose um dia......quem sabe?
chegaremos

"Al Berto"

7 comentários:

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

... belíssimo poema de Al berto !
Um prazer lê-lo.
Abraço!

____________ cordialmente


JRMarto

Glo disse...

Esta poesía ayuda a seguir adelante. Oculta en su coraza, nos ayuda con lo inefable. Gracias por compartirla, Manuela.

jo ra tone disse...

Muito bonito
o poema.
Beijo

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Nómada planetario disse...

Estupenda foto con gran fuerza de verticalidad.
Saludos a proa del blog.

OUTONO disse...

O mar...esse gigante de sonhos!

Beijinho.

Ad astra disse...

o mar... o nosso

Um abraço