Se recordo quem fui, outrem me vejo.
E o passado é o presente na lembrança.
Quem fui é alguém que amo
Porém sómente em sonho.
E a saudade que me aflige a mente
Não é de mim nem do passado visto,
Senão de quem habito
Por tràs dos olhos cegos.
Nada, senão o instante, me conhece.
Minha mesma lembrança é nada, e sinto
Que quem sou e quem fui
São sonhos diferentes
"Ricardo Reis""
2 comentários:
Bellísimo poema. La tristeza alarga los versos y les procura un ritmo pausado...
Eu bem queria, acredita, mas tu nunca quererias só uma.(rosa)
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