Somos folhas breves onde dormem
aves de silêncio e solidão.
Somos só folhas e o seu rumor.
Inseguros, incapazes de ser flor,
até a brisa nos perturba e faz tremer.
Por isso a cada gesto que fazemos
cada ave se transforma noutro ser.
"Eugénio de Andrade"
1 comentário:
Quanta sensibilidade!
Quanta beleza!
Leio o que escreve, leio o que "pinta" com luz e só me ocorrem as palavras de Fernando Pessoa:
"Sinto todo o meu corpo deitado na realidade".
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