Boas Festas e Feliz 2010
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Mar
Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
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Há mar e mar...,
O final do dia,
Sentires
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Minas do Lousal
Integrada na Faixa Piritosa Ibérica, que, com cerca de 250 km de extensão e uma largura que chega a atingir os 40 km, tem início no vale do Sado e prolonga-se até ao vale de Guadalquivir, próximo de Sevilha (Espanha), a mina do Lousal (situada na freguesia de Azinheira dos Barros, concelho de Grândola, distrito de Setúbal) foi explorada entre 1900 e 1988, data em que foi dada como encerrada a sua actividade extractiva.
Etiquetas:
Lugares com História,
Passeando por aí...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Outono
Outono vem em vulvas claridades...
Vamos os dois esp'rá-los de mãos dadas:
Tu, desfolhando as rosas das estradas,
E eu, escutando o choro das saudades...
Outono vem em doces suavidades...
E a acender fogueiras apagadas
Andam almas no céu ajoelhadas...
E a terra reza a prece das Trindades.
Choram no bosque os musgos e os fetos.
Vogam nos lagos pálidos e quietos,
Com gôndolas d' oiro, as borboletas.
Meu amor! Meu amor! Outono vem...
Beija os meus olhos roxos, beija-os bem!
Desfolha essas primeiras violetas!...
"Florbela Espanca"
domingo, 29 de novembro de 2009
Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
"Fernando Pessoa"
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
"Fernando Pessoa"
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Tacteio a claridade
Cego, tacteio em vão a claridade;
Louco, cuspo no rosto da razão;
E deambulo assim
Dentro de mim
Negação a negar a negação.
"Miguel Torga"
domingo, 15 de novembro de 2009
A Vigia da baleia
A caça à baleia nos Açores iniciou-se no princípio do século XVIII e terminou no ano de 1987.
Na altura da caça à baleia eram utilizadas vigias que se localizavam junto ao mar e serviam para orientar os barcos em direcção às baleias.
Hoje em dia estas mesmas vigias são utilizadas para detectar os cetáceos dando indicação aos barcos de Wale watching.
Na altura da caça à baleia eram utilizadas vigias que se localizavam junto ao mar e serviam para orientar os barcos em direcção às baleias.
Hoje em dia estas mesmas vigias são utilizadas para detectar os cetáceos dando indicação aos barcos de Wale watching.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
"Meninas vamos à escola"
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Aldeias de Xisto
Comareira
Aigra Nova
Pena
Gondramaz
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
à espera de um movimento:
de searas onduladas
pel vento
De casas de moradias
Caídas e com sinais
de ninhos que outrora havia
nos beirais.
De poeira;
de sombra de uma figueira;
de ver esta maravilha: meu pai a erguer uma videira
como uma mãe que faz uma trança à filha.
"Miguel Torga"
Aigra Nova
Pena
Gondramaz
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
à espera de um movimento:
de searas onduladas
pel vento
De casas de moradias
Caídas e com sinais
de ninhos que outrora havia
nos beirais.
De poeira;
de sombra de uma figueira;
de ver esta maravilha: meu pai a erguer uma videira
como uma mãe que faz uma trança à filha.
"Miguel Torga"
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Isto e Aquillo
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão ,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo.
"Cecília Meireles"
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Passa uma borboleta
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta E a flor é apenas flor.
"Alberto Caeiro"
sábado, 5 de setembro de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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