domingo, 28 de dezembro de 2008

Amanhã será outro dia


Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente...
"Chico Buarque"

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Boas Festas


Boas Festas para todos com muita Paz e Amor.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Natal


Sempre que chega a época do Natal, vem-me à memória esta imagem.
Um pobre homem que partilhava a sua parca comida com o seu fiel amigo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Porta



Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de sopetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa . . .)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!

"Vinicius de Moraes"

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008



http://ematejoca-ematejoca.blogspot.com/
e
http://pretexto-classico.blogspot.com/

presentearam-me com este prémio.
A ambos um beijinho de reconhecimento.

à Ematejoca que já me presenteou há um mês atràs, aqui fica o meu pedido de desculpas de só agora agradecer.


Informações sobre o Prémio Dardos
“Com o Prémio Dardos reconhecem-se, os valores , que cada blogger emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais... os quais, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo, que está e permanece intacto entre as suas letras, entre os seus pensamentos e logicamente escritos. Estes selos, foram criados com a intenção de promover o salutar convívio entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e, reconhecimento por um trabalho ,que agregue valor à Web. Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:
1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher outros blogs a quem entregar o "Prémio Dardos".


É dificil escolher, mas aqui fica:
http://oitavaedicao.blogspot.com/
http://sombrasdemim.blogspot.com/
http://viverumconto.blogspot.com/
http://aguarelasportuguesas.blogspot.com/
http://questoesirrelevantes.blogspot.com/
http://alfaguara-errante.blogspot.com/
http://vizcayado.blogspot.com/

Escolhi 7, simplesmente porque gosto deste número.
Obrigada a todos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Hora


Sinto que hoje novamente embarco
Para as grandes aventuras,
Passam no ar palavras obscuras
E o meu desejo canta --- por isso marco
Nos meus sentidos a imagem desta hora.
Sonoro e profundo
Aquele mundo
Que eu sonhara e perdera
Espera
O peso dos meus gestos.
E dormem mil gestos nos meus dedos
Desligadas dos círculos funestos
Das mentiras alheias,
Finalmente solitárias,
As minhas mãos estão cheias
De expectativa e de segredos
Como os negros arvoredos
Que baloiçam na noite murmurando.
Ao longe por mim oiço chamando
A voz das coisas que eu sei amar.
E de novo caminho para o mar.

"Sophia de Mello Breyner Andresen"

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Quero ser tambor


Tambor está velho de gritar
Oh velho Deus dos homens
Deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor só tambor
gritando na noite quente dos trópicos.


Nem flor nascida no mato do desespero
Nem rio correndo para o mar do desespero
Nem zagaia temperada no lume vivo do desespero
Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero.
Nem nada!
Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra
Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra
Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra.

Eu
Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala
Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra
Só tambor perdido na escuridão da noite perdida.


Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!


"José Craveirinha"

terça-feira, 30 de setembro de 2008

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

 
Deixem passar quem vai na sua estrada.
Deixem passar
Quem vai cheio de noite e de luar.
Deixem passar e não lhe digam nada
Deixem, que vai apenas
Beber água de sonho a qualquer fonte;
Ou colher açucenas
A um jardim que ele lá sabe, ali defronte.

Vem da terra de todos, onde mora
E onde volta depois de amanhecer.
Deixem-no pois passar, agora
Que vai cheio de noite e solidão
Que vai ser uma estrela no chão.

"Miguel Torga"

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Desabrochar das flores



Que mil flores desabrochem. Que mil flores
(outras nenhumas) onde amores fenecem
que mil flores floresçam onde só dores
florescem.


Que mil flores desabrochem. Que mil espadas
(outras nenhumas não)
onde mil flores com espadas são cortadas
que mil espadas floresçam em cada mão.


Que mil espadas floresçam
onde só penas são.
Antes que amores feneçam
que mil flores desabrochem. E outras nenhumas não.

"Manuel Alegre"

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O meu Aniversário


Hoje é o meu aniversário, e por isso aqui fica esta flor para todos os que visitam este espaço.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Não é fácil !


Quando é preciso fazer algo no mastro de um barco, alguém tem que subir.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Um olhar sobre o Porto





Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar
Quem te vê ao vir da ponte
és cascata, são-joanina
dirigida sobre um monte
no meio da neblina.
Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.
E esse teu ar grave e sério
dum rosto e cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria
Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa
Composição: Carlos Tê / Rui Veloso

sexta-feira, 25 de julho de 2008

As Estátuas de Lisboa






Lisboa é uma cidade cheia de estátuas. Muitas vezes nem nos apercebemos delas.

quinta-feira, 10 de julho de 2008